24 de Março - 19h00
Posição 26º39S 95º50W.
Temperaturas: ar=26ºC e água=25,9ºC
Muito sol.
Faltam 727 milhas para a ilha de Páscoa.
Ondulação SW com 2 a 3 metros. Vento fraco.
As linhas de pesca continuam sem apanhar nada.
25 de Março - 19h30
Posição 26º34S 97º40W, rumo 280º e velocidade 4 nós. Navega a motor.
Faltam 630 milhas para a ilha de "Rapa Nui" (ilha de Páscoa).
Desde ontem que navega a motor. Muita calmaria, sol e calor.
Temperaturas: ar=25,7ºC e água=26,7ºC.
O mar está completamente espelhado.
O almoço foi sopa Hemingway ( cebola, cenoura e macarrão).
Diz o velejador que anda todo o dia de calção tal é o calor que se faz sentir nestas latitudes.
Logo que pare o barco vai meter o toldo da popa (também usado para recolher água da chuva) para ter alguma sombra. Está a fazer muita falta...
Deve ficar em Rapa Nui dois dias.
Comenta que quer estar dia 1 de Junho na Samoa porque nessa semana fazem lá uma grande festa relacionada com o mar (semelhante à Semana do Mar no Faial).
Muito bem disposto no rádio.
Fizemos alguns testes para ligação digital entre os nossos computadores e o computador de bordo usando o rádio de HF.
Homens do Mar
Temos seguido atentamente as diversas etapas do nosso velejador açoriano, picoense de nascimento, Genuíno Madruga na sua viagem à volta do mundo. Dá-nos um prazer imenso ler e reler o seu diário de bordo e as suas opiniões sobre os diversos lugares por onde tem passado. Só um homem como o Genuíno tem uma visão tão abrangente e vivaz sobre as pessoas e as terras já visitadas. Os pormenores que nos transmite, quer através do diário de bordo ou das entrevistas no programa da antena nove aos sábados, quer ainda das imagens que envia por e-mail elucidam-nos sobre todas as nuances da viagem. Desde os peixes apanhados nas primeiras etapas até às imagens captadas dum dos maiores pássaros do mundo, o albatroz, tudo nos faz chegar para que tenhamos um conhecimento perfeito do que se passa na viagem.
Pudemos acompanhar, quase em directo (só faltavam as imagens) a sua passagem pelo Cabo Horn, graças às tecnologias de comunicação existentes hoje, que nos permitem mesmo a esta distância mantermo-nos em contacto com o navegador.
Com este testemunho actual podemos ter uma ideia mais aproximada do que seria navegar nos mares da Patagónia há quinhentos anos, sem instrumentos fiáveis, com barcos de madeira frágeis, sem o auxílio dum motor, sem cartas de navegação, sem a ajuda do satélite, sem a companhia dos amigos através da rádio, telefone ou internet, enfim, sem nada.
Com esta proeza o Genuíno ajuda-nos a compreender a história da navegação e a história das descobertas, levadas a cabo por portugueses que, como ele, não se acomodaram no conforto dos seus lares mas partiram em busca do desconhecido, desafiando a natureza no seu âmago mais austero para que o mundo fosse conhecido por todos.
A têmpera dos homens do mar está entranhada no Genuíno. Tivesse ele vivido nos tempos áureos das descobertas e teria capitaneado uma das naus que levaram Vasco da Gama à Índia.
Rumando agora para a ilha de Páscoa depara-se pela frente 4000 milhas náuticas de Pacífico até às ilhas Marquesas na Polinésia. São mais de 6500 quilómetros em oceano aberto sujeito a grandes calmarias que foram há uns séculos um dos grandes inimigos dos navegadores.
Sempre tivemos uma grande admiração pelos "aventureiros". Desde tenra idade e apesar da pouca comunicação com o mar devido à localização geográfica da freguesia onde fomos criados, sempre vimos com interesse os pequenos veleiros que cruzavam os mares da ilha das Flores em busca de porto seguro, depois de longos dias a atravessar o Atlântico. A principal rota das terras da América ou do Canadá para a Europa passa necessariamente pelas Flores, não fosse esta ilha a ponta mais Ocidental da Europa. Embora a maioria dos iates demandasse o porto da Horta, não raras vezes, para abastecimento ou para descanso a ilha das Flores apresentava-se como um oásis no meio do Atlântico.
Tivemos oportunidade de conhecer alguns "lobos-do-mar" mas houve um que nos impressionou duma forma especial: Já nos anos oitenta, estávamos em Santa Cruz, quando tivemos conhecimento dum solitário que demandava o porto para descanso e apressámo-nos a ajudá-lo a entrar no difícil porto das Poças. Deparámo-nos com um homem de cerca de sessenta anos, com um barco grande, não posso precisar o comprimento, mas seria um pouco maior que o Hemingway, com dois mastros. O skipper solitário, tinha uma particularidade, não tinha uma mão, provavelmente perdida em acidente do mar já que a sua profissão, da qual já se reformara, fora comandante da marinha mercante inglesa. Com uma habilidade indescritível, como pudemos observar posteriormente na viagem que com ele fizemos das Flores até ao Faial, o homem manejava todo o velame do barco apenas com uma mão. A viagem até à Horta demorou vinte cinco horas e foram seis os tripulantes a quem ele ofereceu o passeio. Da aventura, nunca nos esquecemos e do capitão apenas fixamos o seu primeiro nome: Jack.
José Costa
In "Jornal do Pico"
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BOA VIAGEM, GENUÍNO
Jornal do Pico - Agosto 2007
É com um misto de inveja (saudável) e nostalgia que vemos partir para uma viagem à volta do mundo o grande navegador picaroto Genuíno Madruga e o seu fiel companheiro, Hemingway.
Já era grande a admiração que tínhamos pelo Genuíno, mas agora redobrou com a demonstração de coragem que ele nos faz, ao iniciar esta segunda viagem, com uma rota diferente e, pelos vistos, bem mais exigente que a primeira. A escolha de passar o Cabo Horn, de leste para Oeste, evidência só por si que estamos perante um homem do mar. Um homem bem igual àqueles que alguns séculos atrás se atreveram a descobrir novos mundos para Portugal.
Lamentamos não ter estado na partida das Lajes do Pico, tal como estávamos na chegada à Horta, aquando da primeira viajem, mas os afazeres não nos permitiram assistir a essa histórica partida, no entanto, acompanhámos, via rádio, tudo o que se passou naquela tarde de sábado.
Por diversas vezes ouvimos a pergunta: o que leva o Genuíno a fazer uma segunda viagem de circum-navegação? Nós responderíamos: nada! O Genuíno não tem que provar nada a ninguém, não necessita de prestígio porque já o tem, já conhece algumas das paragens por onde vai passar, se quisesse conhecer outros lugares por esse mundo fora, facilmente se meteria num avião e rapidamente chegaria a qualquer destino, portanto não há resposta para aquela pergunta. Está no ser da pessoa, no seu espírito aventureiro, na vontade de conhecer o mundo mas duma forma diferente. O Genuíno não é um turista de hotel. É um homem ávido de saber e para isso segue o seu instinto e vai ao âmago das questões, não se fica pelos livros e pelas fotografias para estudar a forma de viver dos outros povos, vai lá pelos seus próprios meios e se quiser demora-se o tempo que for necessário para compreender o que acha que deve compreender.
Pelo que temos lido sabemos que o Cabo Horn, não é "pêra doce", as tempestades que por ali se fazem sentir, a proximidade da Antárctica, os errantes icebergues, o frio, os ventos fortíssimos, as constantes mudanças de condições meteorológicas serão obstáculos que o Genuíno, com a ajuda preciosa do Hemingway, ultrapassará da mesma forma que Fernão de Magalhães ou Charles Darwin o fizeram nas suas viagens.
A imensidão do Oceano Pacifico será também uma das provas mais duras para o navegador, mas a sua persistência não tem barreiras e as eventuais calmarias serão vencidas da mesma forma que as tempestades.
Os sistemas de navegação que agora utilizamos são incomparáveis com os que utilizaram os nossos antepassados, no entanto isso não invalida que tenhamos os conhecimentos náuticos necessários para, em caso dos actuais aparelhos se avariarem, continuarmos a viagem, sem percalços de maior, e esses conhecimentos tem-nos o Genuíno, não fosse ele o homem que, segundo afirmou em entrevista o seu colega de Liceu, Dr. Fernando Meneses, actual Presidente da Assembleia Legislativa Regional, abandonou os estudos para se dedicar por inteiro à pesca e ao mar. Pioneiro que foi na modernização da frota pesqueira nos Açores, já demonstra por si só que é um homem de horizontes largos e provou que ser pescador não é necessariamente pertencer a uma classe menos culta, conforme durante muitos anos se queria fazer crer.
Depois da primeira viagem e com o complemento desta segunda que agora se iniciou, o Genuíno Madruga será possivelmente uma das pessoas mais viajadas dos Açores. Os conhecimentos e a cultura adquiridos farão dele uma pessoa indicada para palestras ou colóquios onde partilhará connosco, como pensamos que gosta de fazer, todas as suas experiências quer nas dificuldades de navegador solitário, contando apenas com ele próprio, quer na convivência que terá junto dos povos que visitar.
É um motivo de orgulho termos entre nós um homem com tamanha grandeza, podermos conversar com ele, questioná-lo sobre as suas viagens e obtermos as respostas sem necessitarmos de terceiros para chegarmos ao contacto. O Genuíno está ali, na sua humildade e não distante e arrogante com alguns que, por qualquer feito insignificante, já se auto-consideram donos do mundo.
Desejamos de todo o coração uma boa viagem, cheia de bons ventos ao Genuíno Madruga e lá estaremos, em S. João, pelo Espírito Santo de 2009, para lhe dar as boas vindas.
José Costa
20 de Março - 18h30
Posição 28º39S 88º17W.
Temperaturas: água=24,2ºC ar=23,3ºC.
Navega a motor, com velocidade média de 4 nós.
Vento de SE e ondulação de Sul com 2 metros.
Estava a 1124 milhas da ilha de Páscoa.
Tem lido livros de um amigo francês, cujo conteúdo diz respeito a Vanuatu e outras ilhas do Pacífico.
Muito bom tempo.
Nos últimos 7 dias não avistou nenhuma embarcação.
21 de Março - 19h00
Posição 27º40S 90º04W.
Temperaturas: água=24,6ºC ar=24,2ºC.
Tem vento de SE com 10 nós. Mar de pequena vaga, ondulação de SW.
Muito sol.
O almoço foi Atum Sta Catarina da ilha de S.Jorge com batata cozida. Amanhã será sopa Hemingway.
Fez uma pequena revisão ao motor do barco. Diz Genuíno que está a trabalhar como um relógio Suiço.
Navega com o piloto de vento e as velas no ar.
22 de Março - 19h00
Posição 26º39S 92º03W.
Temperaturas: água=24,4ºC ar=25,5ºC.
Vento SE com 15 nós.
Estava a 930 milhas da ilha de Páscoa.
O livro que está a ler sobre Vanuatu e os povos do Pacífico tem sido deveras interessante.
Ontem apanhou alguns aguaceiros, mas rapidamente o sol volta.
Espera estar na ilha de Páscoa no final do mês se as condições se mantiverem.
Irá permanecer na ilha somente o tempo necessário para reabastecer e conhecer a impar história e monumentos típicos desta ilha.
23 de Março - 19h00
As condições de propagação não ajudaram no contacto via rádio. Muito ruído estático.
Dois Artigos de Jornal, o primeiro já havia sido publicado neste blog e o segundo artigo é novo.
Temos seguido atentamente as diversas etapas do nosso velejador açoriano, picoense de nascimento, Genuíno Madruga na sua viagem à volta do mundo. Dá-nos um prazer imenso ler e reler o seu diário de bordo e as suas opiniões sobre os diversos lugares por onde tem passado. Só um homem como o Genuíno tem uma visão tão abrangente e vivaz sobre as pessoas e as terras já visitadas. Os pormenores que nos transmite, quer através do diário de bordo ou das entrevistas no programa da antena nove aos sábados, quer ainda das imagens que envia por e-mail elucidam-nos sobre todas as nuances da viagem. Desde os peixes apanhados nas primeiras etapas até às imagens captadas dum dos maiores pássaros do mundo, o albatroz, tudo nos faz chegar para que tenhamos um conhecimento perfeito do que se passa na viagem.
Pudemos acompanhar, quase em directo (só faltavam as imagens) a sua passagem pelo Cabo Horn, graças às tecnologias de comunicação existentes hoje, que nos permitem mesmo a esta distância mantermo-nos em contacto com o navegador.
Com este testemunho actual podemos ter uma ideia mais aproximada do que seria navegar nos mares da Patagónia há quinhentos anos, sem instrumentos fiáveis, com barcos de madeira frágeis, sem o auxílio dum motor, sem cartas de navegação, sem a ajuda do satélite, sem a companhia dos amigos através da rádio, telefone ou internet, enfim, sem nada.
Com esta proeza o Genuíno ajuda-nos a compreender a história da navegação e a história das descobertas, levadas a cabo por portugueses que, como ele, não se acomodaram no conforto dos seus lares mas partiram em busca do desconhecido, desafiando a natureza no seu âmago mais austero para que o mundo fosse conhecido por todos.
A têmpera dos homens do mar está entranhada no Genuíno. Tivesse ele vivido nos tempos áureos das descobertas e teria capitaneado uma das naus que levaram Vasco da Gama à Índia.
Rumando agora para a ilha de Páscoa depara-se pela frente 4000 milhas náuticas de Pacífico até às ilhas Marquesas na Polinésia. São mais de 6500 quilómetros em oceano aberto sujeito a grandes calmarias que foram há uns séculos um dos grandes inimigos dos navegadores.
Sempre tivemos uma grande admiração pelos “aventureiros”. Desde tenra idade e apesar da pouca comunicação com o mar devido à localização geográfica da freguesia onde fomos criados, sempre vimos com interesse os pequenos veleiros que cruzavam os mares da ilha das Flores em busca de porto seguro, depois de longos dias a atravessar o Atlântico. A principal rota das terras da América ou do Canadá para a Europa passa necessariamente pelas Flores, não fosse esta ilha a ponta mais Ocidental da Europa. Embora a maioria dos iates demandasse o porto da Horta, não raras vezes, para abastecimento ou para descanso a ilha das Flores apresentava-se como um oásis no meio do Atlântico.
Tivemos oportunidade de conhecer alguns “lobos-do-mar” mas houve um que nos impressionou duma forma especial: Já nos anos oitenta, estávamos em Santa Cruz, quando tivemos conhecimento dum solitário que demandava o porto para descanso e apressámo-nos a ajudá-lo a entrar no difícil porto das Poças. Deparámo-nos com um homem de cerca de sessenta anos, com um barco grande, não posso precisar o comprimento, mas seria um pouco maior que o Hemingway, com dois mastros. O skipper solitário, tinha uma particularidade, não tinha uma mão, provavelmente perdida em acidente do mar já que a sua profissão, da qual já se reformara, fora comandante da marinha mercante inglesa. Com uma habilidade indescritível, como pudemos observar posteriormente na viagem que com ele fizemos das Flores até ao Faial, o homem manejava todo o velame do barco apenas com uma mão. A viagem até à Horta demorou vinte cinco horas e foram seis os tripulantes a quem ele ofereceu o passeio. Da aventura, nunca nos esquecemos e do capitão apenas fixamos o seu primeiro nome: Jack.
José Costa
In “Jornal do Pico"
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É com um misto de inveja (saudável) e nostalgia que vemos partir para uma viagem à volta do mundo o grande navegador picaroto Genuíno Madruga e o seu fiel companheiro, Hemingway.
Já era grande a admiração que tínhamos pelo Genuíno, mas agora redobrou com a demonstração de coragem que ele nos faz, ao iniciar esta segunda viagem, com uma rota diferente e, pelos vistos, bem mais exigente que a primeira. A escolha de passar o Cabo Horn, de leste para Oeste, evidência só por si que estamos perante um homem do mar. Um homem bem igual àqueles que alguns séculos atrás se atreveram a descobrir novos mundos para Portugal.
Lamentamos não ter estado na partida das Lajes do Pico, tal como estávamos na chegada à Horta, aquando da primeira viajem, mas os afazeres não nos permitiram assistir a essa histórica partida, no entanto, acompanhámos, via rádio, tudo o que se passou naquela tarde de sábado.
Por diversas vezes ouvimos a pergunta: o que leva o Genuíno a fazer uma segunda viagem de circum-navegação? Nós responderíamos: nada! O Genuíno não tem que provar nada a ninguém, não necessita de prestígio porque já o tem, já conhece algumas das paragens por onde vai passar, se quisesse conhecer outros lugares por esse mundo fora, facilmente se meteria num avião e rapidamente chegaria a qualquer destino, portanto não há resposta para aquela pergunta. Está no ser da pessoa, no seu espírito aventureiro, na vontade de conhecer o mundo mas duma forma diferente. O Genuíno não é um turista de hotel. É um homem ávido de saber e para isso segue o seu instinto e vai ao âmago das questões, não se fica pelos livros e pelas fotografias para estudar a forma de viver dos outros povos, vai lá pelos seus próprios meios e se quiser demora-se o tempo que for necessário para compreender o que acha que deve compreender.
Pelo que temos lido sabemos que o Cabo Horn, não é "pêra doce", as tempestades que por ali se fazem sentir, a proximidade da Antárctica, os errantes icebergues, o frio, os ventos fortíssimos, as constantes mudanças de condições meteorológicas serão obstáculos que o Genuíno, com a ajuda preciosa do Hemingway, ultrapassará da mesma forma que Fernão de Magalhães ou Charles Darwin o fizeram nas suas viagens.
A imensidão do Oceano Pacifico será também uma das provas mais duras para o navegador, mas a sua persistência não tem barreiras e as eventuais calmarias serão vencidas da mesma forma que as tempestades.
Os sistemas de navegação que agora utilizamos são incomparáveis com os que utilizaram os nossos antepassados, no entanto isso não invalida que tenhamos os conhecimentos náuticos necessários para, em caso dos actuais aparelhos se avariarem, continuarmos a viagem, sem percalços de maior, e esses conhecimentos tem-nos o Genuíno, não fosse ele o homem que, segundo afirmou em entrevista o seu colega de Liceu, Dr. Fernando Meneses, actual Presidente da Assembleia Legislativa Regional, abandonou os estudos para se dedicar por inteiro à pesca e ao mar. Pioneiro que foi na modernização da frota pesqueira nos Açores, já demonstra por si só que é um homem de horizontes largos e provou que ser pescador não é necessariamente pertencer a uma classe menos culta, conforme durante muitos anos se queria fazer crer.
Depois da primeira viagem e com o complemento desta segunda que agora se iniciou, o Genuíno Madruga será possivelmente uma das pessoas mais viajadas dos Açores. Os conhecimentos e a cultura adquiridos farão dele uma pessoa indicada para palestras ou colóquios onde partilhará connosco, como pensamos que gosta de fazer, todas as suas experiências quer nas dificuldades de navegador solitário, contando apenas com ele próprio, quer na convivência que terá junto dos povos que visitar.
É um motivo de orgulho termos entre nós um homem com tamanha grandeza, podermos conversar com ele, questioná-lo sobre as suas viagens e obtermos as respostas sem necessitarmos de terceiros para chegarmos ao contacto. O Genuíno está ali, na sua humildade e não distante e arrogante com alguns que, por qualquer feito insignificante, já se auto-consideram donos do mundo.
Desejamos de todo o coração uma boa viagem, cheia de bons ventos ao Genuíno Madruga e lá estaremos, em S. João, pelo Espírito Santo de 2009, para lhe dar as boas vindas.
José Costa
In "Jornal do Pico"
LINK DO LOGOTIPO DA RÁDIO LUMENA: http://www.aric.pt/lumena.gif
EDIÇÃO Nº- 34 DO PROGRAMA "POR TODO O MUNDO - NA ROTA DOS AVENTUREIROS" TRANSMITIDO DESDE A RÁDIO LUMENA EM SÃO JORGE NO SÁBADO DE PÁSCOA , 22 DE MARÇO DE 2008
__________//__________
PRIMEIRA HORA:- Gravação da conversa com o Sr. Padre Manuel Silveira, natural da Praia do Almoxarife e Páraco da Matriz de Velas ILHA DE SÃO JORGE - Açores, que falou sobre a Páscoa de antigamente.
SEGUNDA HORA:- Alguma música interpretada por Gesualda Azevedo e Alcides Machado. Ao telefone, entrou no programa o senhor José Costa, bancário na Agência da Caixa Geral de Depósitos na Madalena do Pico e natural da ILHA DAS FLORES-AÇORES, que em viva voz leu o texo que está na página http://www.genuinomadruga.com/ e no blog http://voltasaomundo.blogs.sapo.pt/ e nos links http://voltasaomundo.blogs.sapo.pt/49226.html e http://voltasaomundo.blogs.sapo.pt/49114.html
Desde a cidade da Horta , na ILHA DO FAIAL entrou via telefone o RADIOAMADOR Marco Dutra , webmaster da página oficial do navegador Genuíno Alexandre Goulart Madruga no endereço http://www.genuinomadruga.com/ que informou que esta semana estando Genuíno Madruga no pacífico, facilitou o contacto VIA RÁDIO-(RADIOAMADOR). O Jurista Luís Prieto (antigo jornalista da RDP-Açores e ex-chefe de redacção da própria Antena Nove) informou no programa que Genuíno Madruga tem a bordo um Guia das Aves que o ajuda a identificar as aves que vai encontrando á volta do mundo.
*CONTACTO* - No habitual contacto com Genuíno Madruga ficamos a saber que o almoço será conserva de atum de Santa Catarina , da ILHA DE SÃO JORGE-AÇORES. Está a 960 Milhas da ILHA DE PÁSCOA e percorreu 1260 milhas desde PUERTO MONTE. No momento do contacto, navegava a uma velocidade na odem dos 5/6 nós com alguma ondulação, e estava na posição 26 graus e 58 minutos SUL , tinha percorrido 10.804 milhas desde a saída da ILHA DO PICO, e o vento era de Sueste, com a velocidade na ordem dos 20 nós, com ondulação de Sudoeste. Nos próximos dias, vai descer um pouco na latitude. Domingo passado, 16 de Março de 2008 , fez um contacto VIA RÁDIO com o Radioamador Marco Dutra durante 50 minutos. Esta semana fez pão, e como o tempo está muito melhor, já arrumou os cobertores , pois a temperatura subiu. Conta chegar á ILHA DE PÁSCOA antes do dia 30 de Março de 2008. Genuíno Madruga disse também que na ILHA DE PÁSCOA, gostaria de ir a terra durante pouco tempo para tirar algumas fotografias a Monumentos Históricos que por lá existem, mas disse que se entrar em terra estará apenas o tempo indespensável para tirar as fotografias, e também que essa entrada em terra na ILHA DE PÁSCOA, dependerá do estado do mar e dos ventos.
Temos seguido atentamente as diversas etapas do nosso velejador açoriano, picoense de nascimento, Genuíno Madruga na sua viagem à volta do mundo. Dá-nos um prazer imenso ler e reler o seu diário de bordo e as suas opiniões sobre os diversos lugares por onde tem passado. Só um homem como o Genuíno tem uma visão tão abrangente e vivaz sobre as pessoas e as terras já visitadas. Os pormenores que nos transmite, quer através do diário de bordo ou das entrevistas no programa da antena nove aos sábados, quer ainda das imagens que envia por e-mail elucidam-nos sobre todas as nuances da viagem. Desde os peixes apanhados nas primeiras etapas até às imagens captadas dum dos maiores pássaros do mundo, o albatroz, tudo nos faz chegar para que tenhamos um conhecimento perfeito do que se passa na viagem.
Pudemos acompanhar, quase em directo (só faltavam as imagens) a sua passagem pelo Cabo Horn, graças às tecnologias de comunicação existentes hoje, que nos permitem mesmo a esta distância mantermo-nos em contacto com o navegador.
Com este testemunho actual podemos ter uma ideia mais aproximada do que seria navegar nos mares da Patagónia há quinhentos anos, sem instrumentos fiáveis, com barcos de madeira frágeis, sem o auxílio dum motor, sem cartas de navegação, sem a ajuda do satélite, sem a companhia dos amigos através da rádio, telefone ou internet, enfim, sem nada.
Com esta proeza o Genuíno ajuda-nos a compreender a história da navegação e a história das descobertas, levadas a cabo por portugueses que, como ele, não se acomodaram no conforto dos seus lares mas partiram em busca do desconhecido, desafiando a natureza no seu âmago mais austero para que o mundo fosse conhecido por todos.
A têmpera dos homens do mar está entranhada no Genuíno. Tivesse ele vivido nos tempos áureos das descobertas e teria capitaneado uma das naus que levaram Vasco da Gama à Índia.
Rumando agora para a ilha de Páscoa depara-se pela frente 4000 milhas náuticas de Pacífico até às ilhas Marquesas na Polinésia. São mais de 6500 quilómetros em oceano aberto sujeito a grandes calmarias que foram há uns séculos um dos grandes inimigos dos navegadores.
Sempre tivemos uma grande admiração pelos “aventureiros”. Desde tenra idade e apesar da pouca comunicação com o mar devido à localização geográfica da freguesia onde fomos criados, sempre vimos com interesse os pequenos veleiros que cruzavam os mares da ilha das Flores em busca de porto seguro, depois de longos dias a atravessar o Atlântico. A principal rota das terras da América ou do Canadá para a Europa passa necessariamente pelas Flores, não fosse esta ilha a ponta mais Ocidental da Europa. Embora a maioria dos iates demandasse o porto da Horta, não raras vezes, para abastecimento ou para descanso a ilha das Flores apresentava-se como um oásis no meio do Atlântico.
Tivemos oportunidade de conhecer alguns “lobos-do-mar” mas houve um que nos impressionou duma forma especial: Já nos anos oitenta, estávamos em Santa Cruz, quando tivemos conhecimento dum solitário que demandava o porto para descanso e apressámo-nos a ajudá-lo a entrar no difícil porto das Poças. Deparámo-nos com um homem de cerca de sessenta anos, com um barco grande, não posso precisar o comprimento, mas seria um pouco maior que o Hemingway, com dois mastros. O skipper solitário, tinha uma particularidade, não tinha uma mão, provavelmente perdida em acidente do mar já que a sua profissão, da qual já se reformara, fora comandante da marinha mercante inglesa. Com uma habilidade indescritível, como pudemos observar posteriormente na viagem que com ele fizemos das Flores até ao Faial, o homem manejava todo o velame do barco apenas com uma mão. A viagem até à Horta demorou vinte cinco horas e foram seis os tripulantes a quem ele ofereceu o passeio. Da aventura, nunca nos esquecemos e do capitão apenas fixamos o seu primeiro nome: Jack.
José Costa
In "Jornal do Pico"
Temos seguido atentamente as diversas etapas do nosso velejador açoriano, picoense de nascimento, Genuíno Madruga na sua viagem à volta do mundo. Dá-nos um prazer imenso ler e reler o seu diário de bordo e as suas opiniões sobre os diversos lugares por onde tem passado. Só um homem como o Genuíno tem uma visão tão abrangente e vivaz sobre as pessoas e as terras já visitadas. Os pormenores que nos transmite, quer através do diário de bordo ou das entrevistas no programa da antena nove aos sábados, quer ainda das imagens que envia por e-mail elucidam-nos sobre todas as nuances da viagem. Desde os peixes apanhados nas primeiras etapas até às imagens captadas dum dos maiores pássaros do mundo, o albatroz, tudo nos faz chegar para que tenhamos um conhecimento perfeito do que se passa na viagem.
Pudemos acompanhar, quase em directo (só faltavam as imagens) a sua passagem pelo Cabo Horn, graças às tecnologias de comunicação existentes hoje, que nos permitem mesmo a esta distância mantermo-nos em contacto com o navegador.
Com este testemunho actual podemos ter uma ideia mais aproximada do que seria navegar nos mares da Patagónia há quinhentos anos, sem instrumentos fiáveis, com barcos de madeira frágeis, sem o auxílio dum motor, sem cartas de navegação, sem a ajuda do satélite, sem a companhia dos amigos através da rádio, telefone ou internet, enfim, sem nada.
Com esta proeza o Genuíno ajuda-nos a compreender a história da navegação e a história das descobertas, levadas a cabo por portugueses que, como ele, não se acomodaram no conforto dos seus lares mas partiram em busca do desconhecido, desafiando a natureza no seu âmago mais austero para que o mundo fosse conhecido por todos.
A têmpera dos homens do mar está entranhada no Genuíno. Tivesse ele vivido nos tempos áureos das descobertas e teria capitaneado uma das naus que levaram Vasco da Gama à Índia.
Rumando agora para a ilha de Páscoa depara-se pela frente 4000 milhas náuticas de Pacífico até às ilhas Marquesas na Polinésia. São mais de 6500 quilómetros em oceano aberto sujeito a grandes calmarias que foram há uns séculos um dos grandes inimigos dos navegadores.
Sempre tivemos uma grande admiração pelos “aventureiros”. Desde tenra idade e apesar da pouca comunicação com o mar devido à localização geográfica da freguesia onde fomos criados, sempre vimos com interesse os pequenos veleiros que cruzavam os mares da ilha das Flores em busca de porto seguro, depois de longos dias a atravessar o Atlântico. A principal rota das terras da América ou do Canadá para a Europa passa necessariamente pelas Flores, não fosse esta ilha a ponta mais Ocidental da Europa. Embora a maioria dos iates demandasse o porto da Horta, não raras vezes, para abastecimento ou para descanso a ilha das Flores apresentava-se como um oásis no meio do Atlântico.
Tivemos oportunidade de conhecer alguns “lobos-do-mar” mas houve um que nos impressionou duma forma especial: Já nos anos oitenta, estávamos em Santa Cruz, quando tivemos conhecimento dum solitário que demandava o porto para descanso e apressámo-nos a ajudá-lo a entrar no difícil porto das Poças. Deparámo-nos com um homem de cerca de sessenta anos, com um barco grande, não posso precisar o comprimento, mas seria um pouco maior que o Hemingway, com dois mastros. O skipper solitário, tinha uma particularidade, não tinha uma mão, provavelmente perdida em acidente do mar já que a sua profissão, da qual já se reformara, fora comandante da marinha mercante inglesa. Com uma habilidade indescritível, como pudemos observar posteriormente na viagem que com ele fizemos das Flores até ao Faial, o homem manejava todo o velame do barco apenas com uma mão. A viagem até à Horta demorou vinte cinco horas e foram seis os tripulantes a quem ele ofereceu o passeio. Da aventura, nunca nos esquecemos e do capitão apenas fixamos o seu primeiro nome: Jack.
José Costa
In “Jornal do Pico”
Diário da 6ª Etapa
Puerto Montt (Chile) - Ilha de Páscoa
17 de Março - 19h00
Posição 31º24S 83º32W:
Temperaturas: água=23,1ºC e ar=21,7ºC
Não tinha vento.
Tudo bem a bordo.
18 de Março - 19h00
Posição 30º04S 84º50W
Temperaturas: água=23,8ºC e ar=24,2ºC
Estava a navegar com rumo NW, estando a 1300 milhas a Este da ilha de Páscoa.
Os aparelhos de navegação de bordo estão a trabalhar bem sendo uma ajuda preciosa para uma navegação segura.
Continua sem apanhar peixe.
Está a apanhar correntes no sentido contrário.
Hoje apareceu uma ave parecida com um cagarro, mas mais pequena. Ia procurar no guia das aves para ver se descobria a "identidade" do visitante.
Após terminar o contacto via rádio ia fazer um café e aproveitar as 3 horas de sol que ainda tinha.
19 de Março - 19h00
Posição 29º23S 86º41W.
A propagação em HF piorou, mas deu para escutar a voz do navegador por entre o ruído.
Temperaturas: água=23,9ºC e ar=24,5ºC.
Tem vento de SE com 10 nós e ondulação sul com 2 metros.
Estava a 1208 milhas da ilha de Páscoa.
As linhas de pesca não têm fisgado nada pelo que hoje o almoço foi peixe salgado com batata cozida conforme costume na sua terra natal.
Tem recebido sem problemas a informação meteorológia via rádio de HF.
Muita leitura e descanso.
16 de Março - 19h00
Posição 31º41S 81º15W, rumo 280º e velocidade 4 nós.
Conseguimos estabalecer um belo contacto via rádio que durou 50 minutos.
Navegava com o piloto de vento, ondulação de SW com 4 metros.
Bom tempo.
Estava a 1495 milhas da ilha de Páscoa, sua próxima escala.
A bordo e como o tempo tem melhorado, tem feito muita leitura.
Ontem avistou baleias piloto.
Deixou de ver Albatrozes tendo hoje avistado um Alcatraz. Também tem aparecido as conhecidas "aves do paraíso".
Genuíno diz que já anda descalço a bordo e que os cobertores já foram arrumados.
Temperaturas: ar=22,8ºC água=22,7ºC
Diz que às 05h30 locais começa a amanhecer, situação diferente da que encontrou na zona do Cabo.
Na passada quarta-feira como o tempo estava muito bom aproveitou para fazer pão.
Hoje fez uma sopa Hemingway.
O dessalinizador em trabalhado muito bem.
Não tem avistado qualquer tipo de navegação. Está fora das rotas comerciais pelo que é " só mar e céu".
Diz que tem de estar na África do Sul no final do ano para evitar as tempestades.
Muito bem disposto.
Escute aqui uma parte do contacto. NOTA:- OS CONTACTOS SONOROS DISPONÍBILIZADOS NESTE BLOG ESTÃO SEMPRE A FUNCIONAR NA HORA DA PUBLICAÇÃO DOS MESMOS NO BLOG , SE DEIXAM DE FUNCIONAR É DEVIDO A TEREM SIDO RETIRADOS DO SERVIDOR DO NAVEGADOR NO ENDEREÇO http://www.genuinomadruga.com/ FACTO PELO QUAL SOU TOTALMENTE ALHEIO.
13 de Março - 22h00
Posição 35º25S 78º36W.
Às 15h as temperaturas eram: ar=21ºC e água 21,7ºC.
Mantem rumo 330º, navegando a motor (3,5nós)
O navegador diz que já anda descalço, com calções e T-shirt uma vez que a temperatura tem vindo a subir.
Avistou Leões Marinhos a 290 milhas de terra.
Bem disposto e tudo bem a bordo.
14 de Março - 22h00
Posição 33º51S 78º49W, rumo 330º.
Mar grosso.
Está a sul da ilha de Robinson Crusoe.
Quer ir a terra, mas não sabe se vai conseguir com o mar que está.
Temperaturas: ar=20ºC e água=21,2ºC.
EDIÇÃO Nº.- 33 DO PROGRAMA "POR TODO O MUNDO-NA ROTA DOS AVENTUREIROS" EM CADEIA REGIONAL DE RÁDIOS.
PRIMEIRA HORA: - Genuíno Madruga já deixou para tráz a América do Sul, e navega agora no OCEANO PACÍFICO, em direcção á ilha de Páscoa, tendo esta etapa 2000 (duas mil) milhas.
Em estúdio esteve José Carreiro, jornalista da RTP-AÇORES , que veio de Guadalupe nas Caraíbas para os Açores a bordo do Hemingway em Abril de 2002 já na recta final da primeira viagem de Circum-navegação do navegador açoreano, e fêz uma reportagem para a RTP-AÇORES percorrendo 2.200 milhas com Genuíno Madruga.
Faleceu estes dias, Miguel Lemos que elaborou a reportagem para a RTP-AÇORES da primeira viagem de CIRCUM-NAVEGAÇÃO de Genuíno Madruga. José Carreiro referiu que a segunda viagem de Circum-Navegação de Genuíno Madruga será mais facilitada, pois Genuíno Madruga passará agora nos mesmos mares que passou na primeira volta ao mundo. Referiu ainda o mesmo jornalista que na primeira volta havia equipamentos que possibilitaram que Genuíno Madruga informa-se o dia e a hora exacta da chegada ao Porto da Horta.
SEGUNDA HORA: - Genuíno Madruga navega para Ruan Fernandez. O Radioamador José António Mourinho com o indicativo CU7AM entrou em directo no programa via telefone, informando que escutou o Hemingway com dificuldade, mas deu para falar com Genuíno Madruga nos dias 12 , 13 e 14 de Março de 2008. Genuíno Madruga diz que a temperatura aumentou, tem havido algumas pescas. Beatriz Madruga cidadã brasileira esposa de Genuíno Madruga em estúdio disse que falou com o navegador ontem á noite, (14 de Março de 2008), informando que Genuíno Madruga ainda vai entrar num pequeno porto de pescas que já está próximo. Está calor , Genuíno Madruga usa agora T-SHIRT e calções. Pescou um atum que deu para fazer uma refeição de peixe fresco e conservou o restante. Genuíno Madruga já vai deixando a América do Sul. No habitual contacto com o navegador , Genuíno informou que a navegação tem sido calma , teve 2 dias sem vento estando na hora do contacto vento Noroeste. Disse também que antes de se fazer ao mar para esta etapa , esteve presente nas comemorações do Dia Mundial da Mulher , teve encontro e palestra com os escuteiros e pessoas de São Francisco Xavier e saíu no Domingo em direcção ao Oceano Pacífico. Andou 60 milhas desde Puerto Monte até ficar em mar aberto no Oceano Pacífico já perto da meia-noite (hora local). Já percorreu 10.108 milhas desde que saíu da ilha do Pico para a segunda volta ao mundo. Faltam agora 1.710 milhas para chegar á ILHA DE PÁSCOA. Tem havido alguma ondulação pelo que não foi possível entrar na ilha de Robinson Crusoé o que deixou Genuíno Madruga muito triste, vindo-lhe mesmo as lágrimas aos olhos com muita pena, segundo informou na conversa telefónica para o programa de rádio. Apanhou dois atuns-voadores, um deu logo uma refeição e o outro foi guardado. Observou Leões Marinhos a uma distância de 280 milhas da costa!!! Depois de passar por mares tempestuosos, navega agora em águas calmas e com bom tempo.
Posição do Hemingway a 13 de Março
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11 de Março - 22h00
Posição 38º13S 76º35W.
Navegava a 5 nós com rumo 330º.
Bom tempo na área.
Tudo bem a bordo.
12 de Março - 22h00
Posição 36º48S 77º44W, rumo 330º, velocidade 5 nós.
Temperaturas: ar=21ºC e água=19,6ºC.
Apanhou ontem um atum pequeno com cerca de 6kg e outro hoje que foi salgado para comer mais tarde.
Escutou o Mourinho no rádio de HF, mas não conseguiram estabelecer o contacto.
A disposição a bordo acompanha o bom tempo que se faz sentir.
Diz que comeu muito peixe fresco "uma bela barrigada".
Posição do Hemingway dia 10 de Março de 2008
Posição do Hemingway dia 10 de Março de 2008
Diário da 6ª Etapa
Puerto Montt (Chile) - Ilha de Páscoa
09 de Março - 23h00
O Hemingway já navega na 6ª etapa que o levará à ilha de Páscoa.
Estava na posição 41º43S 73º54W, rumo 310º e navegava a uma velocidade de 6 nós.
10 de Março - 23h00
Posição 39º41S 75º33W, com proa a 330º e navegando a 6 nós com vento de popa.
Não conseguiu contacto via rádio para os Açores pelo que o contacto foi feito via satélite.
Tudo bem a bordo.